No Brasil
Ministro do STF pede apuração sobre ‘vaquinha’ de mensaleiros
“Eu acho que está tudo muito esquisito. [Houve] Coleta de dinheiro, com grandes facilidades. Agora, essa dinheirama, será que esse dinheiro que está voltando é de fato de militantes? Ou estão distribuindo dinheiro para fazer esse tipo de doação? Será que não há um processo de lavagem de dinheiro aqui?”, questionou o ministro.
“O Ministério Público tem que olhar isso. Imaginem os senhores, com
organizações sindicais, associações, distribuindo dinheiro por CPF”,
completou Mendes. “Essa gente, eles não são criminosos políticos, não é
gente que lutava por um ideal e que está sendo condenado por isso. São
políticos presos por corrupção. É disso que estamos falando. Então, há
algo de estranho nisso”.
Depois de conseguir arrecadar mais de 1 milhão de reais por meio de
uma campanha de militantes do PT na internet, o ex-tesoureiro do partido
Delúbio Soares, condenado no julgamento do mensalão, depositou na
última sexta-feira 466.888,90 reais em juízo. O restante deve ser
direcionado ao pagamento das multas do ex-ministro da Casa Civil José
Dirceu e do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), cuja prisão foi
decretada nesta terça-feira.
Na “vaquinha” feita pela internet, Delúbio recebeu 1,013 milhão de reais
– 600.000 reais foram depositados na véspera do prazo final de
pagamento. No caso de José Genoino, foram arrecadados cerca de 700.000
reais, mais do que os 667.500 reais exigidos pela Justiça. “Arrecadar
600 mil num dia é algo que precisa ser refletido. A sociedade precisa
discutir isso”, afirmou o ministro.
Investigação - A bancada do PSDB na Câmara dos
Deputados protocolou nesta terça-feira na Procuradoria-Geral da
República um pedido de apuração dos supostos crimes cometidos por
condenados no mensalão que conseguiram arrecadar dinheiro com as
“vaquinhas”. O partido pede investigação por apologia a crime ou a
criminoso e lavagem de dinheiro no processo de arrecadação de doações.
Na representação, o atual líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP),
questiona não só o volume de recursos doados aos petistas como o curto
tempo em que a soma foi conseguida.
Matéria: Veja

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