No Brasil
Na ausência de Joaquim Barbosa, STF absolve parlamentares do PT
Na ausência do presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, os ministros da Corte decidiram
nesta quinta-feira (06/02/2014), por unanimidade, absolver dois parlamentares
ligados ao PT de supostos crimes cometidos em suas eleições. No primeiro
caso, o deputado federal José Carlos Becker de Oliveira e Silva, o Zeca
Dirceu (PT-PR), ficou livre da acusação de boca de urna nas eleições de
2010. Já o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) foi absolvido.
Zeca Dirceu, filho do ex-ministro José Dirceu, foi
acusado pelo Ministério Público do Paraná de ter feito boca de urna em
um colégio de Campo Mourão, no Paraná, na véspera da eleição de 2010,
quando foi eleito deputado federal. No entanto, o procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, concluiu que o Ministério Público não
conseguiu provar a prática do crime.
Janot admitiu que a denúncia era
“formalmente perfeita”, mas não provou a intenção de Zeca Dirceu de
cometer crime.
"É forçoso reconhecer que a conduta
imputada ao candidato não perpassa ao delito. É forçoso reconhecer que
não existe no caso justa causa para recebimento da denúncia”, disse
Janot.
O decano do Supremo, ministro Celso de
Mello, propôs absolver Zeca Dirceu ao invés de apenas rejeitar a
denúncia. A sugestão, incomum em julgamentos desse tipo na Corte, foi
prontamente aceita pelo relator do processo, Luís Roberto Barroso, e foi
seguida por todos os outros magistrados presentes.
No
caso de Lindbergh Farias, o senador já respondia a ação penal. O
Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro acusou o parlamentar de
não ter enviado dados solicitados para uma investigação. A defesa
argumentou que ele não respondeu porque não recebeu o pedido e
argumentou que o juiz que analisou o caso no Rio de Janeiro era parcial.
Mais uma vez, Rodrigo Janot opinou pela
absolvição sumária, e o plenário do Supremo não chegou sequer a analisar
a denúncia, decidindo também por unanimidade pela absolvição por falta
de indícios de cometimento de crime.
Lindbergh ainda é alvo de outras ações no
Supremo, entre elas por crimes de responsabilidade, contra o sistema
financeiro, quadrilha e corrupção. As infrações à Lei de Licitações são
as suspeitas mais recorrentes contra o senador. Elas se repetem em 11
inquéritos. Todos os casos remetem à passagem de seis anos do atual
senador pela prefeitura de Nova Iguaçu (RJ), município da Baixa
Fluminense com 800 mil habitantes.
Matéria: Terra Notícias

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